O olho humano é um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção de luz e cor. É composto basicamente por uma lente e uma superfície fotossensível dentro de uma câmera, grosseiramente comparando a uma máquina fotográfica.
A córnea e a lente ocular formam uma lente composta cuja função é focar os estímulos luminosos. A íris (parte externa colorida) é fotossensível e comanda a abertura e fechamento da pupila da mesma maneira que um obturador. O interior da íris e da coróide é coberto por um pigmento preto que evita que a luz refletida se espalhe pelo interior dos olhos.
O interior dos olhos e coberta pela retina, uma superfície não maior que uma moeda de um real e da espessura de uma folha de papel. Neste ponto do processo da visão, o olho deixa de se assemelhar a uma máquina fotográfica e passa a agir mais como um scanner. A retina é composta por milhões de células altamente especializadas que captam e processam informação visual a ser interpretada pelo cérebro. A fóvea, no centro visual do olho, é rica em cones, um dos dois tipos de células fotorreceptoras. O outro tipo, o bastonete, se espalha pelo resto da retina. Os cones, segundo a teoria tricromática ,teoria de Young-Helmholtz, são responsáveis pela captação da informação luminosa vinda da luz do dia, das cores e do contraste. Os bastonetes são adaptados à luz noturna e à penumbra.
As cores percebidas pelo olho humano dividem-se em três tipos e respondem preferencialmente a comprimentos de ondas diferentes. Temos cones sensíveis aos azuis e violetas, aos verdes e amarelos, e aos vermelhos e laranjas. Aos primeiros se dá o nome de Bblue/azul), aos segundos (G (green/verde) e aos últimos R (red/vermelho).
Os cones são distribuídos de forma desequilibrada sobre a retina. 94% são do tipo R e G, enquanto apenas 6% são do tipo B. Esta aparente distorção é de fato uma adaptação evolutiva. A presença de um terceiro cone é uma característica dos primatas. Os demais mamíferos contam com apenas dois cones. O terceiro cone que desenvolvemos, além de dar mais informação sobre cores, traz fundamentalmente uma melhoria na percepção de contrastes. Isto proporcionou aos primatas uma vantagem na competição por alimentos e na vida nas copas das árvores.
fodasse
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